Briefing: precisa mesmo?
Como estão as coisas por aí? Projetos estão a sair do papel ou parecem um pouco travados com várias rodadas de ajustes e refações? Bom, se for o segundo caso, desconfio que este texto possa ajudá-lo a se esquivar desse problema no futuro, porque hoje estou aqui para falar dele: o briefing.
É bastante comum que, com a empolgação ou com prazos mais curtos para começar um novo projeto, esta etapa de sistematizar informações seja deixada um bocado de lado para já partir para a mão na massa. Mas, cá entre nós, lá na frente o que era pra “ganhar tempo” se transforma no oposto. Então, sem mais delongas, vem comigo responder a pergunta do título! E fique tranquilo, porque também vamos quebrar alguns tabus em torno dele. ;)
Antes do briefing, depois do briefing
Aqui na Sr. Jorge, a gente parte do princípio que o briefing já é o pontapé da estratégia e da criação de qualquer material ou projeto. Como prezamos pela troca, pelo diálogo e pela cocriação, este momento em que investigamos com o cliente qual a demanda, o problema a ser resolvido, as expectativas e os resultados não fica restrito a um “pegar informações”, mas sim a hora certa de estabelecer um vínculo entre as pessoas que fazem parte do trabalho.
Então, temos o antes, o durante e o depois. Vou explicar: não existe briefing padrão. Isso significa que cada job terá questões específicas a serem respondidas, o que nos leva a receber a demanda do cliente e bater um papo para ouvi-lo falar sobre o que precisa e espera. Este primeiro meeting é, basicamente, reconhecer o terreno para entender quais perguntas devem ser feitas.
Aí, com um panorama um pouco mais claro do projeto, preparamos um documento adequado, com as questões que precisamos que esmiuçadas. Nesta hora, o interessante é que o cliente possa compartilhar com outros colegas que também participam do trabalho em algum nível para compilar todas as percepções e definir um caminho desenhado pela equipe que irá avaliar a entrega final.
PARA LEMBRAR: se você está com o briefing na mão de um projeto que envolve um grupo de pessoas, aproveite para coletar as perspectivas de todos e decidam, juntos, uma direção. Isso porque, caso as visões fiquem muito fragmentadas, isso pode gerar confusão na equipe que irá desenvolver a proposta, já que, provavelmente, tentarão atender a todas as ideias - o que pode prejudicar a coesão da estratégia ou da criação.
Ou seja, quando falo de preencher um briefing, isso exige, sim, uma dedicação e um tempo de concentração, até mesmo de forma coletiva. Quanto mais informações e direcionamentos claros o documento tiver, mais fluido será todo o processo :)
PARA REFORÇAR: não confunda "máximo de informações" com "tudo e mais um pouco". Dê inputs com o que é relevante para o projeto e evite abstrações e informações subjetivas. Sempre que possível, traga referências do que gosta ou não gosta, do que já foi feito e deu certo e do que não deu. Tangibilizar percepções e expectativas é uma excelente forma de direcionar!
Ao receber o documento aqui, a gente faz a leitura em conjunto para discutirmos os pontos trazidos e, sempre que possível, temos um debriefing com o cliente. Aí, você me pergunta: mas mais uma coisa? Sim, e é bem legal por dois motivos: primeiro que do lado de cá também há uma equipa que pode ter olhares diferentes para certas questões e deixar todos “na mesma página”, compreendendo o todo do projeto, é fundamental. O segundo motivo é que, mais uma vez, enxergamos que é uma oportunidade de conhecermos mais sobre o estilo de trabalho de ambos lados, o que fortalece a parceria e a comunicação entre as pessoas <3
O que não pode faltar em um briefing?
Já sabemos que cada briefing é um briefing, mas, olha, certas coisas são básicas para o start do trabalho. Anote aí o que é importante - e a gente adora - saber!
- Contexto da empresa: qual o momento atual? Quais desafios e conquistas relevantes que valem ser citados para entendermos melhor o cenário em que o projeto se apresenta?
- Objetivos de negócio e de comunicação: são dois objetivos diferentes. Como negócio, é a visão do todo, com indicadores específicos. Já na comunicação, os objetivos respondem ao que o negócio precisa no atual e futuro contexto.
- Público: ter em mente para quem estamos a fazer o projeto muda tudo, acredito. Se for mais de um target, por exemplo, é importante deixar claro quais são as prioridades. Compreender além de dados demográficos também é valiosíssimo para qualquer estratégia, por isso, caso você tenha uma persona desenhada, compartilhe - ou indique exemplos de quem são os compradores, decisores e influenciadores.
- Histórico de comunicação (peças, linguagem, campanhas): lembra quando falamos de contexto? Então, saber o que a empresa já fez e quais foram os resultados proporciona uma visão ainda mais integral da organização e permite evitar equívocos já conhecidos e potencializar aquilo que já se mostrou eficiente a partir de novos sentidos.
- Do e dont's: exemplificar, demonstrar, materializar. Vale tudo para deixar o mais claro possível o que é desejado e o que não. Use imagens, textos, cases, enfim, os recursos que tiver disponível para dar forma ao que tem em mente para o projeto.
- Entregáveis: como quer visualizar o projeto em sua síntese? É um site, um Key Visual, um e-mail marketing, um plano de mídia, uma campanha completa? Elenque as peças e materiais que gostaria de receber.
- Pesquisas (é ótimo ter quanti ou qualitativas!): quando existem pesquisas de mercado, de comportamento ou de satisfação com clientes, por exemplo, isso torna-se insumo para uma estratégia muito mais embasada e pautada em dados reais. Resultado? Uma entrega mais precisa, coerente e robusta. ;)
Retorno à pergunta lá do título: precisa mesmo? Mais do que preciso, o briefing é indispensável - e não apenas pelo alinhamento, mas também porque representa uma construção conjunta (entre equipas), potencializa relações, promove mais momentos de comunicação e torna todo processo mais tranquilo. Isso, sim, é que gera otimização de tempo e recursos, além de sedimentar conexões entre pessoas para parcerias mais prósperas e sustentáveis.
Aqui na Sr. Jorge, um briefing #NuncaSeráSóUmBriefing Não se resume a um documento online com alguns escritos. Aqui, a gente vê cada job como único e que nasce a partir do primeiro contato que fazemos com nossos parceiros. ;) Faz sentido para você?
Vamos conversar mais sobre isso! É só enviar um e-mail para ,, geral@srjorge.com para combinarmos.
Um abraço!
Sr. Jorge