A cultura do feedback é uma prática fundamental em qualquer organização. Conversar sobre o desempenho de quem trabalha connosco, fornecendo retorno sobre o trabalho desempenhado, é uma prática essencial para o sucesso de uma empresa. Isto porque um profissional torna-se mais motivado quando é “avaliado”, ora sentindo que está no caminho certo, ora conhecendo qual o caminho a tomar.

Hoje vamos falar sobre dois conceitos essenciais quando se fala em feedback: a empatia e o growth mindset .

Vamos a isto?

O feedback é o processo no qual uma pessoa ajuda outra a se desenvolver através do seu ponto de vista, seja ele positivo ou negativo. A premissa do feedback é a de que o emissor tem um interesse genuíno no crescimento e desenvolvimento (profissional e pessoal) do receptor.

Seja a fornecer ou a receber feedback, é fundamental incorporarmos estes dois aspetos na nossa personalidade. Só assim conseguimos contribuir para o nosso próprio desenvolvimento e para o de quem trabalha connosco:

A falta de empatia nos diálogos no ambiente de trabalho pode refletir na falta de motivação de todos os profissionais envolvidos.

Quando se fala em feedback, é importante ter em conta: as pessoas com as quais trabalhamos são seres humanos . Cada um com as suas vivências, histórias e personalidades.

No processo de feedback há sempre dois lados. Por isso, ao dar um feedback, é importante pensarmos também de que forma podemos oferecer suporte para ajudar o outro a se desenvolver, ou como motivá-lo a continuar a desempenhar um bom trabalho. Devemos sempre ter em conta as suas opiniões, sentimentos e aspirações.

O termo foi criado pela psicóloga e pesquisadora de Stanford, Carol Dweck, que já conta com décadas de pesquisa sobre o tema. No livro “Mindset - A Atitude Mental Para o Sucesso”, ela defende que o growth mindset é a soft skill decisiva para alcançarmos o nosso potencial máximo. Esta mentalidade de crescimento alimenta a paixão por aprender , tornando-nos cada vez melhores pessoas e profissionais.

Para a pesquisadora, as pessoas com uma mentalidade fixa (fixed mindset) acreditam que as suas habilidades, tal como a inteligência e o talento, são atributos imutáveis, o que as impossibilita de ir em busca de mais e de melhor.

Por outro lado, as pessoas com growth mindset acreditam que as suas habilidades podem ser sempre aprimoradas , o que os leva a encarar as dificuldades, desafios e críticas como um ponto de partida para o seu desenvolvimento. Para este tipo de pessoa, o céu é o limite.

Uma prática que ajuda muito a transformar o nosso modelo mental em growth mindset é dizermos “ainda não” em vez de escolhermos o “não” como resposta definitiva.

Um exemplo simples: em vez de dizer “eu não sei o que é X”, pense assim: “eu ainda não percebo sobre o assunto”.

Pode parecer que não faz diferença, mas repare – as palavras que usamos têm um peso muito forte na nossa autopercepção. Assim, procure sempre ter uma atitude que o incentive a crescer.

Quando se fala em fornecer feedback, o mesmo se aplica. Quando um colaborador ainda não chegou aos resultados pretendidos, opte por expressões como “ainda não foi desta” , “estamos no caminho”, ao invés de dizer um simples “Não”. A escolha certa de palavras determina, e muito, o desempenho desse profissional.

Este é um assunto que nos fascina aqui na Sr Jorge, e, enquanto adeptos do growth mindset, estamos sempre prontos para aprender mais sobre o assunto.

Se também ficou interessado, deixamos-lhe duas sugestões de vídeos muito interessantes sobre a empatia e o growth mindset.

Boas aprendizagens e até à próxima!

Jorge :)

Algumas referências.

Sam Richards: Um experimento radical com a empatia

Carol Dweck: O poder de acreditar que pode melhorar